Em 06 de agosto de 2018, o CBCS expressa seu MANIFESTO a respeito do conteúdo divulgado pelo Jornal Folha de São Paulo em 04 de agosto de 2018, intitulado "Produção de energia solar em casa traz polêmica para o país".
O CBCS, vem manifestar o seu apoio à manutenção do estímulo ao gerador de energia elétrica por meio de fonte solar fotovoltaica distribuída (GD-FV), em uma primeira etapa, tendo como objetivo resultar no maior benefício possível para a sociedade brasileira.
Seu posicionamento parte dos seguintes FATOS da atualidade:
O CBCS entende que o planejamento do abastecimento de energia elétrica de um país deve considerar acordos e parcerias entre fornecedores de energia elétrica, agentes públicos, agentes privados, formas de operação das usinas, coerência entre custos de geração e preços pagos pelos consumidores.
Também compreende que há que se inovar e ampliar os tradicionais modelos energéticos, permitindo a descentralização e a democratização dos sistemas de abastecimento, conferindo autonomia e resiliência, uma vez que as mudanças climáticas e a crise hídrica já são percebidas.
São FATORES influenciadores de sua POSIÇÃO CONTRÁRIA AO CORTE OU REDUÇÃO DO ESTÍMULO À ADOÇÃO DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA NO BRASIL, nesse primeiro momento:
Encerrando esse manifesto, o CBCS considera a geração de energia elétrica distribuída fotovoltaica (GD-FV) uma grande oportunidade de desenvolvimento de ações sistêmicas que visam garantir a confiabilidade na disponibilidade de energia elétrica para a sociedade, otimizar o aproveitamento da energia solar abundante em nosso país e reduzir a necessidade de maiores investimentos públicos em transformação e redes de distribuição.
Também entende que ainda é necessário estimular e ampliar a rede de geração distribuída para que possam ser analisadas as relações entre os perfis de consumo das unidades consumidoras e os modelos de compensação mais adequados. E, igualmente necessário, simular-se novos modelos de negócios, nos quais as distribuidoras entendam e invistam em GD-FV como uma diversificação de seu portfólio, uma vez que já têm um relacionamento e um contrato com o usuário final, estando mais próximas do que qualquer outro agente do mercado de energia.
Assim, o CBCS percebe que ainda é cedo para a alteração das regras que levem à inibição do mercado, enquanto os mecanismos atuais não se consolidem e que sejam resolvidos os problemas de gestão de informação quanto à energia de fato injetada na rede, indicando o impacto da GD-FV sobre o sistema elétrico nacional - tais informações serão necessárias para subsidiar futuros ajustes nas equações utilizadas para calcular as tarifas de energia compensadas, por exemplo.
Esse manifesto foi assinado pelo Presidente do CBCS Olavo Kucker Arantes e foi enviado oficialmente à ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica endereçado à sua Presidência e, também, à sua Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e de Eficiência Energética - SPE.
Participaram da elaboração de seu conteúdo:
Agosto 2018Presidente do CBCS - Olavo Kucker Arantes
Diretoria do CBCS - Orestes Marracini Gonçalves e Vanderley Moacyr John
Coordenadora Executiva do CBCS - Clarice Reiter Menezes Degani
Conselheiros do CBCS - Diana Csillag e Roberto Lamberts
Colaboração externa - Ricardo Rüther, professor da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC